Sobre a margem verde do rio cresceu um belo lírio. A flor, alta e erguida sobre seu talo, refletia suas brancas pétalas na água que, de tanto admirá-la, quis apoderar-se dela. Cada onda que passava levava consigo a imagem daquela flor branca e transmitia seu desejo às ondas, que ainda não a tinham visto. E assim, o rio todo começou a se agitar, inquieto e veloz. Não podendo se apoderar do lírio, tão bem plantado e erguido sobre seu talo, as ondas se lançaram furiosas contra a margem, até que a enchente arrasou a ribeira, levando também o puro e solitário lírio. "Lembre-se de que as paixões desmedidas dos homens são tão difíceis de conter como as ondas desenfreadas." |
Historias Infantis
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
O Lirio e as Ondas
Bambi Em: Passeio Perigoso
O veadinho Bambi foi dar um passeio ao sol, com seus amigos Flor, a gambá e Tambor, o coelhinho. Chegaram diante de uma porteira fechada e viram uma tabuleta, com o seguinte aviso: "CUIDADO COM O TOU" Mas a ponta da tabuleta estava quebrada e eles não puderam entender o aviso. - Vamos passear nesse campo - sugeriu Tambor, olhando encantado para a relva verdinha. - E o aviso?! - disse Flor, preocupada. - A tabuleta diz que devemos tomar cuidado com alguma coisa. - E essa coisa começa com "TOU" - lembrou Bambi - Já sei! Toutinegras! - Que tolice! - murmurou Tambor. - As toutinegras são pássaros e não podem fazer mal. Flor baixou os olhos e viu um buraco na terra. - Toupeiras! - gritou ela entusiasmada. - Cuidado com as toupeiras! - Quem é que vai se preocupar com uma toupeira? - disse Tambor, rolando no chão de tanto rir. - Elas estão muito ocupadas, cavando túneis. E já que vocês não descobrem essa coisa misteriosa que começa com " TOU", eu vou entrar nesse campo agora mesmo. O coelhinho saltou entre as tábuas da porteira e caiu sobre a relva. Deu algumas cambalhotas e foi parar diante de um animal enorme, com dois chifres e um anel no focinho. Ao ver Tambor, o animal baixou a cabeça, raspou o chão com uma pata e - buuuuuu! - avançou para ele, com um berro assustador. - TOU . . . TOU . . . TOURO! - gaguejou Tambor, enquanto fugia. E conseguiu atravessar a cerca na hora H. - Da próxima vez - gemeu ele, respirando fundo - eu não quero nem saber qual será a palavra que vier depois de CUIDADO! |
Balu e a Feiticeira
Uma vez o urso Balu resolveu abandonar a selva, para viver numa cidade grande.
Sentou-se na traseira de um caminhão,, pegou no sono e acordou na Disneylândia.
Ele gostou muito do lugar, mas logo percebeu que não teria o que comer e nem onde dormir.
Na primeira esquina ele encontrou uma velha senhora, que não conseguia atravessar a rua.
"Puxa . . . - pensou Balu - eu poderia ganhar dinheiro como atravessador de velhinhas."
Balu conduziu a senhora até a outra calçada e nem percebeu que ela era uma feiticeira.
- Venha tomar chá em minha casa - disse a velha, com um sorriso amável.
Quando eles entraram na casa da bondosa senhora, Balu viu que a sala estava cheia de animais.
- Que sorte! - exclamou ele, todo entusiasmado.
- Uma festa . . .
Enquanto a velha colocava água no caldeirão e acendia o fogo, Balu tentouarranjar novas amizades.
Primeiro falou com a tartaruga
- Parece que a festa vai ser animada . . .
A tartaruga não disse uma palavra. "Que sujeito antipático"- pensou Balu, olhando ao seu redor.
- Bom-dia, senhor . . . - disse ele a um pássaro.
O pássaro não mexeu nem uma pena.
Ficou olhando para frente, como se estivesse morto.
- Morto!? - gritou Balu com um arrepio.
- Pronto disse a bruxa .
- A água está fervendo!
- Que bo-bom - gaguejou Balu. - A senhora encheu o caldeirão . . . o pessoal deve gostar muito de chá . . .
- Ih, ih, ih! - riu a velha, abrindo a boca desdentada.
- Essa piada foi mesmo ótima. Eles estão empalhados, seu tonto!
- Em . . .empalhados?! - gritou Balu, começando a correr pela sala.
A feiticeira tentou alcançá-lo, mas Balu tropeçou num tapete e se estatelou no chão.
A casa inteira tremeu e a cabeça de veado queestava pendurada na parede caiu justamente na cabeça da bruxa.
Balu aproveitou para fugir e só parou na beira da estrada, quando viu que não havia mais perigo.
- Puxa - exclamou ele. - Quando estiver novamente na floresta, darei uma festa com chá e bolinhos, para comemorar a continuação do urso dentro de sua pele!
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